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Você realmente quer a vida que planeja ou está apenas seguindo “o fluxo”?

Guest Post

São poucas as pessoas que já escreveram neste humilde blog, hoje uma grande amiga contribui com um depoimento quase que poético, onde podemos concluir que o planejamento financeiro é uma ferramenta importantíssima para realização de sonhos e amadurecimento pessoal, mesmo que de forma intuitiva.

Muitas vezes acreditamos que é necessário grande didática e entendimento de números e cálculos complexos para realizar nossos sonho, no entanto os únicos ingredientes essenciais são apenas dois… Desejo e coragem.

Boa Leitura

Você realmente quer a vida que planeja ou está apenas seguindo “o fluxo”?

Há mais ou menos doze anos atrás comecei a imaginar como seria viver uma experiência fora do Brasil. Ainda era a fase da adolescência e, nenhuma das minhas influências do que fazer dali em diante incluía uma viagem e/ou vida fora do que eu conhecia. Eu e minha curiosidade seriam engolidas pelo “certo a se fazer”.

O tempo passou e sim, a curiosidade já havia sido abafada pela rotina corporativa. No entanto, essa curiosidade mesmo abafada pelos sistemas, pilhas de papéis, telefonemas e reuniões infindáveis onde, parafraseando Rubem Alves, “(…) as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos (…)*”, se tornou uma vontade imensa, fazendo com que eu, em alguns momentos pensasse ser apenas uma sobrecarga que seria facilmente resolvida com um fim de semana de camping, junto à natureza e com os amigos (as).

Enganando minha vida, assim eu me via e vivia. Era necessário mudar algo e rápido. Foi assim que mesmo com toda a aversão a mudança que eu sentia, eu mudei. Mas não, não pensem que foi da noite pro dia e que com um passe de mágica eu aceitei e estava preparada para o novo.

“O planejamento financeiro e mental foi ocorrendo durante os anos que eu me enganava.”

O descontentamento com a minha postura e posição foram me moldando para as grandes transformações que viriam. Para mim, deixar o mundo corporativo e todo o status que ele envolve e, aprender a viver com menos, porém sem blefar comigo mesma significou a verdadeira libertação.

Ressignificar o medo, entendendo que ele pode te parar, mas também pode te fazer avançar foi e é um valioso e diário exercício.

Hoje, o medo que tenho é de me enganar novamente.

Ionara Silva Chinaglia

Fotografia por Márcio Rossi – @downrazor

*Rubem Alves – O Tempo e as Jabuticabas

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