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Ninguém merece patrocinar a própria infelicidade

Essa frase, do título deste post, foi dita pelo professor Clóvis de Barros Filho. É impressionante como algumas pessoas conseguem traduzir em poucas palavras o que levamos, muitas vezes, anos para explicar.

Por um período da minha vida eu procurei apenas patrocinar minha infelicidade. Eu sempre gostei de viajar, das minhas férias, de happy hour, mal eu sabia que aquilo tudo não passava de fuga.

O fato de ter um trabalho que não gostava, uma vida que estava desalinhada com meus valores pessoais, era infeliz. Uma parte do dinheiro que eu gastava era utilizado como fuga, para fugir da minha insatisfação do dia a dia.

É importante também deixar claro que eu sabia que tudo aquilo era temporário, eu criei um plano, tinha prazo para realizar. Na maioria das vezes, as pessoas suportam coisas desagradáveis sem saber se aquilo terá um fim.

Quando se planeja viver em desequilíbrio por um período determinado de tempo, tudo fica mais fácil, pois aquilo tem prazo para acabar.  Então esse desalinhamento se torna, de certa forma, um potencializador para a busca e antecipação de seus objetivos. Foi o que aconteceu comigo.

Eu ainda amo viajar, ainda gosto muito de happy hour, mas não é mais fuga. Eu não preciso mais usar estes artifícios para patrocinar minha infelicidade.

Já parou para pensar sobre isso? Está patrocinando sua infelicidade, usando o dinheiro como fuga?

imagem por  pixabay

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