Pular para o conteúdo principal

6 Fatos que você precisa saber sobre renda variável

Sabe aquele medo e nervosismo da primeira vez em qualquer coisa que você se inicia? Com investimentos é igual, principalmente se tratando de renda varável.

Neste artigo, descubra alguns aspectos que tornam esta modalidade de investimento ainda rara entre os brasileiros.

Após abrir conta na corretora, você ao se logar na conta, depara-se pela primeira vez com o Home Broker ( Ferramenta eletrônica para compra e venda de ações e outros investimentos em tempo real) é uma visão muito excitante, uma sensação também que empolga, você se depara com o movimento do mercado em tempo real na sua frente. Coisa que só via em filmes que retratam Wall Street.

A primeira compra de um lote de ações é um momento que, acredito, nenhum investidor apaixonado pelo mercado financeiro esquece.

Experiência pessoal a parte, o Brasil apesar de ainda ser o país da renda fixa, está mudando (se deus quiser). Os investimentos em renda fixa tradicionais estão ficando cada vez menos atraentes e com a queda dos juros e estabilização da economia, quem se limitar a investir em renda fixa terá dificuldades para conseguir bons rendimentos a longo prazo.

Segundo a regra dos 4%, que aqui no Brasil era possível atingir com facilidade na renda fixa devido aos autos juros praticados pelo mercado, agora exigirá do investidor mais inteligência financeira e esforço.

Eu entendo que esse é um ótimo movimento. Os países de primeiro mundo trabalham com juros superbaixos, isso obriga aos investidores colocarem seus dinheiro em aplicações mais sofisticadas, que vão muito além da renda fixa.

Renda variável

Existem alguns motivos para o mercado de ações ser tão pouco procurado por investidores pessoa física, comparado com outros países do mundo. Só para se ter ideia, nos EUA cerca de 54% da população tem investimentos em ações, aqui no Brasil somos 600 mil CPFs, sendo que investidores efetivamente ativos, é provável que não passe 400 mil investidores, isso corresponde a menos de 0,3% da população Brasileira.

1 – COISA DE GENTE RICA E COM MUITO DINHEIRO

A falta de conhecimento faz muita gente pensar que investir em ações é coisa para gente rica e com muito dinheiro, por isso, nem sequer pensam em fazer qualquer movimento para buscar mais informação e iniciar suas aplicações.

2 – CULTURA DA POUPANÇA

Em função dos juros altíssimos e toda facilidade e liquidez da caderneta de poupança, os brasileiros acostumaram a pensar que esta é a única modalidade de investimentos possível.

O governo também fez e ainda faz um trabalho de divulgar e incentivar este tipo de aplicação.

3 – A INFLAÇÃO 

Por muitos anos a inflação foi tão alta que era muito difícil conseguir administrar este tipo de investimento, principalmente para pessoas com pouco conhecimento de mercado. Com a estabilização da economia nos últimos 20 anos, o cenário ficou mais favorável e junto com a permissão do governo para que se utilizasse dinheiro de FGTS para compra de ações da Petrobras, o mercado se abriu para novos investidores pessoa física.

4 – MERCADO DE AÇÕES É CASSINO

Esse ainda é um reflexo de um passado de inflação. O investidor Brasileiro, de um modo geral, ainda tem uma mentalidade para investimentos de curto prazo. Isso porque no passado, se não utilizasse o dinheiro de imediato ele poderia perder todo seu valor. Como reflexo, nós brasileiros queremos fazer o máximo de dinheiro no curto prazo e sair da aplicação.

Como aplicações de curto prazo no mercado de ações só ganha dinheiro quem tem alto conhecimento técnico. Os investidores pessoa física que se arriscam com ações com essa estratégia e mentalidade acabam encarando a bolsa como um mercado de apostas.

Renda Variável

5 – RENDA VARIÁVEL NÃO É SÓ MERCADO DE AÇÕES

Poucas pessoas sabem, mas o investimento que 9 em cada 10 brasileiros defendem como o melhor que existe, trata-se de renda variável. Investir em imóveis é colocar dinheiro em renda variável. A final de contas, apesar de você não poder acompanhar o preço de uma casa subir ou cair de um dia para o outro, ele é variável, como também os seus rendimentos.

As vezes o investidor não consegue alugar o imóvel e fica com renda negativa pois precisa arcar as contas fixas existes. Outras vezes, consegue reajustar o valor do aluguel e aumenta seu rendimento, fazendo deste investimento varável, apesar de ser bem  mais previsível que o mercado de ações.

6 – QUANTO ANTES MELHOR

Será inevitável para quem quiser ter ótimos rendimentos ficar de fora da renda variável.  Quanto antes puder se familiarizar com esta modalidade de investimento melhor.

Para investir no mercado de ações ou qualquer outra modalidade variável de investimento, faz-se necessário sair da zona de conforto que estamos acostumados e pensar um pouco, mesmo que seja para pesquisar bons profissionais para fazer isso por você.

Sou um grande defensor da renda variável, inclusive defendo que é muito mais seguro do que colocar dinheiro em renda fixa, pois seu investimento está lastreado em algum bem existente, o que chamo de vida real. Uma ação sempre vai representar um pedaço de uma empresa existente, se a empresa tem valor, seu investimento está seguro.

O medo inicial é normal para qualquer coisa que faz pela primeira vez, mas conforme vai ganhando conhecimento e experiência, a confiança aumenta e o medo desaparece.

Você nunca mais será o mesmo depois de se iniciar na renda variável. Se ainda não faz investimentos nesta modalidade, recomendo que comece a estudar a possibilidade e entre neste fascinante e promissor mundo dos investimentos.

Disclaimer – Eu não sou um profissional de finanças e nem pretendo ser. Entenda que você é responsável por seus investimentos e decisões. Sou apenas um apaixonado por finanças  pessoais e minhas opiniões e escolhas são particulares a minha filosofia e valores. Em outras palavras, se fizer cagada com seu dinheiro não me culpe.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A realidade após três anos de FIRE

Com o último post, recebi algumas perguntas sobre como está minha vida neste momento e para matar a curiosidade de quem estiver interessado. Vou atualizar agora: A minha realidade após três anos de FIRE Investimentos Após aproximadamente 3 anos, meu patrimônio cresceu uns 25% e a renda passiva mais de 50%. Ano passado a média de reinvestimento ficou próxima de 30%, que é a meta que estipulei. A inflação tem sido uma preocupação pois meus gastos subiram por volta de 40%. Nesse sentido é muito importante ter atenção aos investimentos corrigidos pela inflação, mas também na recuperação de ativos que não seguem o ciclo econômico inflacionário, que é o caso dos fundos imobiliários. Falando em fundos imobiliários, existe uma constante tensão sobre a taxação e também as regras que estes ativos são submetidos. Enfim, esse é o risco Brasil, além disso ainda existe a constante impressão de que boa parte dos gestores de fundos estão trabalhando apenas em favor próprio. Mesmo assim ainda vejo esse...

Como eu atingi a independência Financeira

Acho que essa é uma das maiores curiosidades de alguém que está começando no mundo dos investimentos e que deseja atingir a independência financeira. Uma coisa importante que preciso falar é que nunca tive um super salário, minha profissão não tinha nada de especial, não sou nenhum gênio dos investimentos e tão pouco tive a sorte de dar a tacada certa. Eu sempre fiz investimentos, desde que comecei a ganhar dinheiro sempre guardei alguma parte, porém eu só adquiri a visão de longo prazo para alcançar a independência financeira aos 27 anos de idade, ou seja, 10 anos atrás. Então qual o secredo? Foco na Renda Quando eu tinha 27 anos, tracei um planejamento para alcançar a independência financeira aos 45 anos. E eu escolhi esse número como limite. Queria porque queria estar “aposentado com essa idade”. Nessa época eu já fazia investimentos no mercado de ações, mas meus resultados eram medianos para ruins. Foi nessa mesmo período que mudei minha estratégia de investir para ativo...

O pé sente o pé quando sente o chão

Tem uma frase famosa que algumas pessoas costumam dizer que é mais ou menos assim… “só vai dar valor depois que perder”. Obviamente, a maioria das pessoas que falam isso é porque estão se sentindo desvalorizadas, seja em um relacionamento ou no emprego. Mas não deixa de ser algo verdadeiro. É somente na ausência de algo que sentimos sua falta, neste sentido só sente falta de enxergar quem possui alguma deficiência visual, do contrário ela apenas enxerga e nem percebe a maravilha que é desfrutar deste sentido do corpo. A felicidade depende do sofrimento para que seja percebida. A frase que dá título a este post ” O pé sente o pé quando sente o chão” é de Sidarta Gautama, mais conhecido como Buda. É incrível como é verdadeira e perturbadora, só temos consciência de nosso corpo quando ele entra em contato com atrito de algo, seja uma roupa confortável ou um sapato apertado. O primeiro emprego que eu tive com carteira assinada foi como office boy em uma importante agência de propaganda e m...