Pular para o conteúdo principal

Infidelidade Financeira- Até que o dinheiro os separe

VOCÊ SABE O QUE É INFIDELIDADE FINANCEIRA?

A alguns dias, uma amiga me enviou um e-mail (abaixo na integra) levantando a questão de infidelidade financeira. Apesar de não possuir muito conhecimento sobre o assunto, não poderia deixá-la sem resposta.

Quero falar de um tema muito pouco divulgado em rodas de conversa de casais, em palestras e assuntos que tangem finanças, contudo MUITO vivenciado em nossos lares.

Vocês já ouviram falar sobre Infidelidade Financeira? Ah sim, claro!! Infidelidade financeira é gastar R$ 500,00 em uma bolsa e dizer ao marido que ela estava na promoção por R$ 70,00?

Sim, este é o mais comum e mais utilizado por mulheres consumistas. Seja para gastos pessoais, itens supérfluos e até gastos desnecessários com os filhos como brinquedos, roupas e acessórios.

Porem hoje eu quero falar sobre a infidelidade financeira “econômica”, onde um dos cônjuges poupam, guardam dinheiro, fazem investimentos sem o conhecimento de seu parceiro.

Vocês acham isso saudável? Em que lado você se encontra? A lado que poupa, que tem suas reservas secretas? Ou o lado em que não tem conhecimento real de quanto seu parceiro gasta, ganha e investe?

Eu estou dos dois lados, tenho um esposo ao qual eu tenho conhecimento de que ele possui mais reservas do que fala, possui investimentos ao qual nunca me disse e estou do outro lado com uma poupança ao qual meu parceiro acredita está zerada.

No meu ponto de vista, isso não é nada saudável e eu não tenho respostas concretas para explicar este comportamento de ambos.

INFIDELIDADE FINANCEIRA – ATÉ QUE O DINHEIRO OS SEPARE

Observe que qualquer infidelidade é apenas um sintoma de que alguma coisa não vai bem. Pesquisas mostram que as duas maiores causas de separação entre casais são a infidelidade conjugal e as questões financeiras. As questões financeiras são uma verdadeira bomba relógio que cedo ou tarde irá estourar.

A grosso modo a infidelidade financeira é esconder do cônjuge desde pequenos gastos, mentir sobre despesas e receitas como também suas economias e investimentos.

Veja os principais sintomas e descubra se está entre os infiéis:

10 SINTOMAS SINTOMAS DE QUEM COMETE INFIDELIDADE FINANCEIRA

1. Esconder pequenos gastos

Você faz uma compra e não fala para o marido ou para a esposa, ou então fala que já tinha comprado a tempos e só agora está utilizando.

2. Não saber quanto cada um ganha

Quando se escolhe ter uma vida a dois é natural que o casal abra quanto ganha, um para o outro, muitos casais abrem esses números mas de forma parcial e escondem outras fontes de renda, como comissões, bônus e prêmios em dinheiro. Pesquisas apontam que somente 3% dos casais tem real conhecimento dos rendimentos do parceiro.

3. Amor é amor e dinheiro é dinheiro

O dinheiro além das questões financeiras também é influenciado por aspectos sociais e psicológicos. Por isso muitos casais tornam o assunto “dinheiro” um verdadeiro tabu para não misturar com o sentimento e o amor que sentem. Falar e discutir sobre dinheiro torna-se assunto proibido.

O problema é que quando a conta chega é que se percebe que deveriam ter alinhado muitas coisas sobre o dinheiro que poderiam evitar conflitos, brigas e frustração.

4. Esconder a fatura do cartão

Você esconde a fatura de cartão de crédito para camuflar aquela compra em excesso que fez? ou aquela mentirinha sobre a compra de um item que contou que estava na promoção? Tá fazendo isso?

5. Gostos diferentes

A mulher gosta de maquiagem, o marido de carro. Ambos acham que o outro está desperdiçando dinheiro. É uma troca de acusações interminável.

Infidelidade Financeira

6. Orçamento apertado

Todo o dinheiro do casal é direcionado para gastos da casa e não sobra nada para diversão e individualidade. Falta qualidade de vida. Se entra uma graninha extra, melhor nem falar, porque se não, vai ter que pagar mais conta da casa.

7. Conta secreta/ Investimento escondido

O e-mail da minha amiga retrata exatamente esse sintoma. Manter um investimento escondido do cônjuge ou também uma conta em outro banco em segredo, teoricamente para proteger do parceiro gastão.

Além de mostrar que não existe um alinhamento de planos futuros, o casal não aproveita a força dos juros compostos juntando os aportes em dinheiro, como também de estratégias de investimento que se complementam. Perde-se sinergia para somar forças e potencializar os recursos.

8. Não ter dinheiro para uso individual e diversão

Não ter dinheiro separado para que cada um utilize da forma que bem entender, como também não ter verba separada para diversão. Estes são dois dos erros mais comuns que levam a infidelidade financeira.

9. Não alinhar os sonhos e desejos

As vezes uma pessoa faz projetos para o futuro que não tem sinergia com o sonho e desejo do outro. Essa falta de alinhamento faz com que informações importantes sobre gastos sejam omitidas ou postas em prioridade sobre o desejo do outro.

10. Modelo de dinheiro diferentes

Para uma pessoa o dinheiro serve para satisfazer vontades imediatas, para outras ele dever ser usado para necessidades futuras e aposentadoria. Esse é só um exemplo da falta de sintonia que pode gerar incompreensão do casal, como se um estivesse atrapalhando a felicidade do outro.

ATÉ QUE O DINHEIRO OS SEPARE

Estes são apenas alguns de muitos sintomas da infidelidade financeira. Assim como qualquer doença, a razão e origem dos sintomas é que devem ser o foco para solução.

E o que este blog, que trata de independência financeira, tem a ver com esse tema? Oras, quem não quer ter uma vida a dois de forma plena? Será que alguém consegue ser livre sozinho? Será que é possível atingir a liberdade financeira sem a ajuda e apoio do seu amor?

Ou melhor, se não tem o mesmo objetivo do seu par é melhor começar a trabalhar em alinhar seus sonhos, do contrário, terão em algum momento um grande conflito até que o dinheiro os separe.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A realidade após três anos de FIRE

Com o último post, recebi algumas perguntas sobre como está minha vida neste momento e para matar a curiosidade de quem estiver interessado. Vou atualizar agora: A minha realidade após três anos de FIRE Investimentos Após aproximadamente 3 anos, meu patrimônio cresceu uns 25% e a renda passiva mais de 50%. Ano passado a média de reinvestimento ficou próxima de 30%, que é a meta que estipulei. A inflação tem sido uma preocupação pois meus gastos subiram por volta de 40%. Nesse sentido é muito importante ter atenção aos investimentos corrigidos pela inflação, mas também na recuperação de ativos que não seguem o ciclo econômico inflacionário, que é o caso dos fundos imobiliários. Falando em fundos imobiliários, existe uma constante tensão sobre a taxação e também as regras que estes ativos são submetidos. Enfim, esse é o risco Brasil, além disso ainda existe a constante impressão de que boa parte dos gestores de fundos estão trabalhando apenas em favor próprio. Mesmo assim ainda vejo esse...

Como eu atingi a independência Financeira

Acho que essa é uma das maiores curiosidades de alguém que está começando no mundo dos investimentos e que deseja atingir a independência financeira. Uma coisa importante que preciso falar é que nunca tive um super salário, minha profissão não tinha nada de especial, não sou nenhum gênio dos investimentos e tão pouco tive a sorte de dar a tacada certa. Eu sempre fiz investimentos, desde que comecei a ganhar dinheiro sempre guardei alguma parte, porém eu só adquiri a visão de longo prazo para alcançar a independência financeira aos 27 anos de idade, ou seja, 10 anos atrás. Então qual o secredo? Foco na Renda Quando eu tinha 27 anos, tracei um planejamento para alcançar a independência financeira aos 45 anos. E eu escolhi esse número como limite. Queria porque queria estar “aposentado com essa idade”. Nessa época eu já fazia investimentos no mercado de ações, mas meus resultados eram medianos para ruins. Foi nessa mesmo período que mudei minha estratégia de investir para ativo...

O pé sente o pé quando sente o chão

Tem uma frase famosa que algumas pessoas costumam dizer que é mais ou menos assim… “só vai dar valor depois que perder”. Obviamente, a maioria das pessoas que falam isso é porque estão se sentindo desvalorizadas, seja em um relacionamento ou no emprego. Mas não deixa de ser algo verdadeiro. É somente na ausência de algo que sentimos sua falta, neste sentido só sente falta de enxergar quem possui alguma deficiência visual, do contrário ela apenas enxerga e nem percebe a maravilha que é desfrutar deste sentido do corpo. A felicidade depende do sofrimento para que seja percebida. A frase que dá título a este post ” O pé sente o pé quando sente o chão” é de Sidarta Gautama, mais conhecido como Buda. É incrível como é verdadeira e perturbadora, só temos consciência de nosso corpo quando ele entra em contato com atrito de algo, seja uma roupa confortável ou um sapato apertado. O primeiro emprego que eu tive com carteira assinada foi como office boy em uma importante agência de propaganda e m...