Pular para o conteúdo principal

Qual o momento certo de fazer Pós Graduação?




Por Francisco Albuquerque:
Parece óbvio, mas eu tenho que falar isso…
Não caia na armadilha de consumo na hora de decidir por fazer um curso de Pós Graduação!!!
E porque estou dizendo “armadilha de consumo”???
Existem muitas faculdades aproveitando os “gaps” da Geração Y, principalmente no que diz respeito à ansiedade de ascender rapidamente em sua carreira para vender cursos e encher as salas de aulas!
http://www.anossageracaoy.com.br/wp-content/uploads/2011/08/pos_grad-150x150.jpg
Uma das especialidades do Marketing é estudar o comportamento do consumidor e encontrar oportunidades para vender produtos ou serviços. Infelizmente algumas instituições utilizam esse tipo de ferramenta para favorecer a necessidade dos negócios do que propriamente do consumidor.
Tá certo, você quer crescer rápido? Mas pense um pouquinho, você não é o único no mercado que está se preparando para uma carreira!!!
Quando eu falo sobre Estratégias de Carreira em minhas palestras, busco conscientizar os participantes (geralmente jovens), que não é preciso ter tanta pressa para conquistar seus objetivos.
Mas eu nem sei quais os meus objetivos… Ahh, então este é um outro problema! E sabe a solução? Dê tempo a você mesmo! Não se sinta tão pressionado pela sociedade e pelos vendedores!!! Preocupe-se com o seu autoconhecimento, e se não conseguir, busque ajuda como a de um profissional de Coaching por exemplo.
http://www.anossageracaoy.com.br/wp-content/uploads/2011/08/coaching-150x150.jpg
Um dos princípios do planejamento é saber aonde você está hoje, que é o seu ponto “A”, e planejar o “como” (Estratégia) e o que fazer (Objetivos / Projetos / Iniciativas) para chegar ao ponto “B”, e o problema da Geração Y é que muitas vezes eles querem transformar algo que demanda um plano de 5 anos em 1 ano, e é ai que mora o perigo, pois não existirá empresa alguma que suportará este perfil!!! Pelo menos não hoje!!!
Estes dias li uma reportagem que dizia que o MEC está preocupado com a falta de professores nas Universidades, e isso tem relação direta com a demanda de alunos na busca de Cursos, principalmente de Graduação. Para resolver este apagão de professores, o MEC deverá criar uma lei que permitirá a abertura de um número maior de vagas para professores especialistas (sem tanta experiência e títulos de Stricto Sensu, que são os cursos de Mestrado e Doutorado).
Soluciona o problema? Em partes sim, mas ao mesmo tempo é preocupante, pois isso pode permitir uma queda de qualidade na Educação, já que estes profissionais também são de certa forma inexperientes.
Mas minha crítica não é para os profissionais, mas sim ao “produto” que estão nos empurrando goela abaixo e que infelizmente tem muita gente caindo!
Conheço alguns jovens extremamente talentosos, com uma vontade enorme de fazer, fazer, fazer e fazer, mas não conseguem obter um alinhamento de seus planos com suas atividades profissionais e objetivos de carreira. E é claro que não existe um modelo ideal, mas existe uma transformação no mundo que talvez vocês ainda não conseguem visualizar.
A sigla “MBA” se tornou um atrativo de vendas, e eu já vi Master in Business Administration de Odontologia (Mestre em Administração de Negócios).
http://www.anossageracaoy.com.br/wp-content/uploads/2011/08/engano3vy-150x150.jpg
Só peço que vocês percebam a si mesmo antes de tomar a decisão de se dedicar a estudar e a investir o seu tempo e dinheiro em algo que não te proporcionará tanto resultado quanto você espera. O pior é que não conseguimos mensurar isso, fica mais o nosso “feeling” do que propriamente uma certeza!
O mercado ainda tem muitos preconceitos e não serão os vendedores de cursos que quebraram estes paradigmas, seremos nós, que mostraremos que podemos fazer muito com pouco!
Aqui vai mais uma dica, e essa vai para as empresas!!!
Recrutadores, inovem em seus processos seletivos! Valorizem o lado humano do profissional, olhe para o que ele fez e pelo que ele pode fazer! Não dê valor só para os títulos, sabemos que eles são importantes, mas eu conheço os extremos.
Conheço o profissional medíocre da Universidade de ponta e o inverso disso também…
Tem muito profissional por ai querendo uma oportunidade para fazer muito e você não está sabendo recrutá-lo!
Até mais!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A realidade após três anos de FIRE

Com o último post, recebi algumas perguntas sobre como está minha vida neste momento e para matar a curiosidade de quem estiver interessado. Vou atualizar agora: A minha realidade após três anos de FIRE Investimentos Após aproximadamente 3 anos, meu patrimônio cresceu uns 25% e a renda passiva mais de 50%. Ano passado a média de reinvestimento ficou próxima de 30%, que é a meta que estipulei. A inflação tem sido uma preocupação pois meus gastos subiram por volta de 40%. Nesse sentido é muito importante ter atenção aos investimentos corrigidos pela inflação, mas também na recuperação de ativos que não seguem o ciclo econômico inflacionário, que é o caso dos fundos imobiliários. Falando em fundos imobiliários, existe uma constante tensão sobre a taxação e também as regras que estes ativos são submetidos. Enfim, esse é o risco Brasil, além disso ainda existe a constante impressão de que boa parte dos gestores de fundos estão trabalhando apenas em favor próprio. Mesmo assim ainda vejo esse...

Como eu atingi a independência Financeira

Acho que essa é uma das maiores curiosidades de alguém que está começando no mundo dos investimentos e que deseja atingir a independência financeira. Uma coisa importante que preciso falar é que nunca tive um super salário, minha profissão não tinha nada de especial, não sou nenhum gênio dos investimentos e tão pouco tive a sorte de dar a tacada certa. Eu sempre fiz investimentos, desde que comecei a ganhar dinheiro sempre guardei alguma parte, porém eu só adquiri a visão de longo prazo para alcançar a independência financeira aos 27 anos de idade, ou seja, 10 anos atrás. Então qual o secredo? Foco na Renda Quando eu tinha 27 anos, tracei um planejamento para alcançar a independência financeira aos 45 anos. E eu escolhi esse número como limite. Queria porque queria estar “aposentado com essa idade”. Nessa época eu já fazia investimentos no mercado de ações, mas meus resultados eram medianos para ruins. Foi nessa mesmo período que mudei minha estratégia de investir para ativo...

O pé sente o pé quando sente o chão

Tem uma frase famosa que algumas pessoas costumam dizer que é mais ou menos assim… “só vai dar valor depois que perder”. Obviamente, a maioria das pessoas que falam isso é porque estão se sentindo desvalorizadas, seja em um relacionamento ou no emprego. Mas não deixa de ser algo verdadeiro. É somente na ausência de algo que sentimos sua falta, neste sentido só sente falta de enxergar quem possui alguma deficiência visual, do contrário ela apenas enxerga e nem percebe a maravilha que é desfrutar deste sentido do corpo. A felicidade depende do sofrimento para que seja percebida. A frase que dá título a este post ” O pé sente o pé quando sente o chão” é de Sidarta Gautama, mais conhecido como Buda. É incrível como é verdadeira e perturbadora, só temos consciência de nosso corpo quando ele entra em contato com atrito de algo, seja uma roupa confortável ou um sapato apertado. O primeiro emprego que eu tive com carteira assinada foi como office boy em uma importante agência de propaganda e m...