Sempre defendi a ideia de que endividar-se é a forma mais simples de se fragilizar.
Costumeiramente aparecem pesquisas na mídia referente a endividamento das famílias brasileiras e como esses índices vem crescendo de forma assustadora. Segundo estudo da Confederação Nacional do Comercio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 61,2% das famílias estavam endividadas em agosto de 2018.
A DÍVIDA É FORMA MAIS SIMPLES DE SE FRAGILIZAR
A minha dura critica é motivada pelo fato de um devedor, mesmo que esteja a níveis controláveis, precisa que as coisas sempre saiam exatamente como o planejado. Caso algo saia do controle ele estará totalmente vulnerável.
Todo endividado precisa ser um eterno otimista com relação ao futuro. Será sempre um torcedor que começa a partida com placar negativo na esperança da virada.
Imagine a situação em que alguém possui uma boa reserva financeira e também alguns itens de valor em casa, como estoque de água e comida. Neste caso não precisamos saber o que de ruim pode acontecer no futuro.
Mesmo que venha ser uma guerra, um desastre natural, uma doença crômica, a perca do emprego ou de um importante cliente, até mesmo uma apocalipse zumbi, não importa, fica fácil saber que estará em melhor condição que uma pessoa endividada.
” Os endividados, em função de sua fragilidade, precisam prever com uma exatidão muito maior” Nassin taleb
Já aquele que não possui dívidas pode, além de se defender destes eventos raros e imprevisíveis, se aproveita das oportunidades que surgem em um ambiente reprimido onde todos estão com medo e sem capital.
A dívida além de fragilizar o individuo, o torna covarde porque se perde a confiança e auto-estima para arriscar. Abala relacionamentos, deteriora o desempenho profissional e corrói as relações humanas.
Não conseguir prever uma demissão, uma doença ou um terremoto é tolerável, negligenciar suas fraquezas diante disto não é.
Imagem por pixabay.com
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