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Você não é seu dinheiro

Seu patrimônio não determina seu valor, independentemente de ter muito ou pouco, dinheiro é o que você acumula e não o que você é.

Nossa sociedade acostumou a dar valor às pessoas pelas suas posses, neste sentido se hoje você não tem patrimônio líquido, não será muito valorizado pela sociedade. É possível que existam comentários do tipo: – Olha aquela pessoa, já chegou nos trinta e não tem nada. É um fracassado! Uma pessoa atrasada, pois, com essa idade já deveria ter carro e casa (financiados).

Independente do seu patrimônio liquido atual, isso não reflete seu valor. Como disse o mega investidor Warren Buffett… “Um bom investimento sempre será um bom investimento”. Desta forma o que se discute é apenas o tempo, ou seja, o prazo que este bom investimento irá se provar como bom.

Em nossa jornada nem sempre os resultados atuais irão refletir nosso real valor. É muito importante enxergar a longo prazo, pois, do contrário, cairá na armadilha mensurar seu valor pelo tamanho do seu patrimônio.

O homem não te define

Sua casa não te define

Sua carne não te define

você é seu próprio lar

(Trecho da música Triste, louca ou má, – Juliana Strassacapa)

Você não é sua profissão

Nós não somos nossa profissão, não somos aquilo que fazemos para ganhar dinheiro. Da mesma forma não é o nosso salário ou quanto dinheiro ganhamos que nos define. É importante entender como estes conceitos influenciam nosso comportamento com relação ao dinheiro e consumo, a forma que nos relacionamos com as outras pessoas, autoestima e a vida em geral.

O professor Cortella fala que serviço é aquilo que fazemos para ganhar dinheiro e trabalho é o que nos dá significado, como, por exemplo, cuidar de um filho, dá trabalho, dá significado, mas não dá dinheiro.

Temos o costume de escolher uma profissão ou mesmo sem escolher, direcionar nossa vida para atividades que acabam nos definindo pela quantidade de dinheiro que ganhamos. Penso que este é um dos motivos de tanta frustração entre as pessoas, mesmo profissionais bem-sucedidos em termos de salário e reconhecimento pela sociedade, são tristes, desmotivadas e não veem significado no que fazem.

Não é sua profissão que te define.

Imagem por Peggychoucair – Pixabay

 

 

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