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Não dá para separar as coisas

Existe uma grande confusão no mundo atual onde as pessoas tentam, em vão, separar a vida financeira do resto da vida. Tenho a sensação de que o motivo de tanta frustração está relacionado com essa confusão.

Assim como não se pode separar corpo da mente, não é possível separar vida financeira daquilo que nós definimos como valores pessoais.

Você não é o que pensa ou diz, você é o que faz

Se a forma como você ganha e gasta dinheiro não estiver em linha com seus valores e propósito de vida, você não passa de uma farsa. Neste sentindo sua vida financeira deve refletir aquilo que você faz e não aquilo que você diz ou pensa.

O discurso deve combinar com as ações. – Você trabalha para uma empresa que agride o meio ambiente, mas vive pregando discurso para salvar o planeta? –  Você é uma farsa!

Consome produtos que explora o trabalho de pessoas e até de crianças, mas gosta de falar em igualdade e justiça? – Você é uma farsa!

Você vive pregando discurso contra corrupção e a roubalheira dos nossos governantes, mas, no entanto, gosta de dar seu jeitinho para pagar meia entrada nos eventos e cinema, fura fila e rouba senha do wifi do vizinho? – Você é uma farsa!

Existem momentos em que precisamos passar por cima de nossos valores em prol de um resultado futuro que, aí sim, irá nos colocar em linha com nosso propósito de vida. Sei disso, mas é importante ter em mente que determinadas situações devem ter prazo para acabar.

Pensar por si mesmo

Se realmente parar para pensar, quase tudo, se não tudo que fazemos no dia a dia, seja na forma de consumir ou como ver o mundo, foi criado e definido por terceiros. A ideia é se libertar destas amarras pré-estabelecidas que fazemos sem nem perceber e não fazem o menor sentido.

A mudança de nossa relação com o dinheiro consiste em observar os gastos, financiamentos e os rendimentos, mas inclui principalmente, lidar com questões mais complexas e filosóficas que fazem total diferença na nossa sensação de pertencimento e liberdade.

Um relacionamento familiar, de amizade e afetivo, o propósito de vida e nossos valores como protagonista, em total sintonia com as finanças. Essa é a verdadeira liberdade de pensar por si, decidindo o que é realmente importante para você. Gosto de chamar isso de integralidade financeira.

Imagem por yohoprashant – Pixabay

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