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Especulação Parte IV

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Crise Imobiliária nos Estados Unidos Nos Estados Unidos, a classe média percebeu que é um bom negócio hipotecar suas próprias casas: com o dinheiro conseguido a juros não tão altos, injetavam capitais no mercado de ações, visando receber juros maiores que os pagos às empresas de hipoteca (como no exemplo acima) e assim, a médio ou longo prazo, terem um patrimônio maior em ações que o valor pago nas prestação de hipoteca. O problema foi quando houve a recente desvalorização dos imóveis, com a queda da procura: a mesma classe média detentora de tantas ações, teve seu patrimônio (imobiliário) depreciado e começou a não pagar as parcelas de hipoteca, levando as hipotecadoras a terem prejuízos vultosos. Essas empresas servem como intermediadoras entre investidores, que alimentam os fundos de hipoteca, e as pessoas, que consomem o serviço; já que os clientes não pagam, os investidores não recebem. Ou seja, as ações que a classe média comprou, foi com o dinheiro desses investidores: um

Especulação parte III

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Bolha da Internet Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para:  navegação ,  pesquisa A  bolha da Internet  ou  bolha das empresas ponto com  foi uma  bolha especulativa  criada no final da  década de 1990 , caracterizada por uma forte  alta  das  ações  das novas empresas de tecnologia da informação e comunicação (TIC) baseadas na  Internet . Essas empresas eram também chamadas "ponto com" (ou " dot com "), devido ao  domínio de topo  " .com " constante do  endereço  de muitas delas na rede mundial de computadores. No auge da  especulação , o índice da  bolsa  eletrônica de  Nova York , a  Nasdaq , chegou a alcançar mais de 5000 pontos, despencando pouco tempo depois. Considera-se que o auge da bolha tenha ocorrido em  10 de março  de  2000 . Ao longo de 2000, ela se esvaziou rapidamente, e, já no início de  2001 , muitas empresas "ponto com" já estavam em processo de venda, fusão, redução ou simplesmente quebraram e desapar

A QUEBRA DA BOLSA DE VALORES DE NOVA YORK EM 1929

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A Primeira Guerra Mundial deixou a Europa economicamente arruinada e endividada. No período que ela durou (1914-1918), caíram impérios poderosos, como o czarista da Rússia, sucumbiram economias coloniais poderosas e surgiu uma nova potência econômica mundial, os Estados Unidos da América. No período da guerra, a indústria de armas norte-americana alcançou grande prosperidade, vendendo seus produtos bélicos para os países europeus. No pós-guerra, os campos europeus estavam devastados, as indústrias em ruínas, os norte-americanos passaram a exportar alimentos e produtos industriais para aquele continente. A economia dos Estados Unidos cresceu vigorosamente, atingido uma grande produção entre 1918 e 1928. Era o período de prosperidade que entraria para a história com o sugestivo nome de “ American Way of Life ”, literalmente, modo de vida americano. O consumismo da classe média norte-americana era incentivado pela facilidade e expansão do crédito, levando a população, mergulhada no fasc

Especulação parte I

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Especulação parte I Bolha das tulipas Panfleto de uma tulipamania alemã, impresso em 1637 O termo  mania das tulipas  ou  tulipomania  é aplicado metaforicamente a qualquer onda especulativa  de grande escala, que passa da euforia ao pânico, até culminar em uma crise económica. A expressão está ligada a um episódio da história da Holanda: a crise gerada na República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos durante o século XVII, quando um bulbo de tulipa passou a ser vendido pelo preço equivalente a 24 toneladas de trigo [1] . O ápice dessa crise ocorreu entre 1636 e 1637. Os factos foram relembrados, mais de dois séculos depois, no livro  Extraordinary popular delusions and the madness of crowds [2] , escrito pelo popular jornalista inglês  Charles Mackay , em 1843. Mackay, no entanto, omitiu-se de mencionar que no mesmo período, os Países Baixos foram também atingidos por uma epidemia de peste bubónica, entre outros contratempos, durante a Guerra dos Trint

Hobbies como negócios

Eles transformaram o lazer em trabalho Transformar hobbies em negócios é literalmente unir o útil ao agradável. Afinal, é possível exercer a atividade favorita, desenvolver habilidades e ainda ganhar por isso. Seja por força do acaso, pelos elogios dos amigos ou por identificar uma oportunidade, muitas pessoas acabam transformando os seus talentos numa nova profissão. O carioca Rodrigo Bueno começou a fotografar aos 14 anos, quando ganhou sua primeira Polaroide. Aprimorou as técnicas nas aulas de fotografia da faculdade de Desenho Industrial e, como era músico, fotografava os shows de seus amigos e postava no flickr. “Foi lá que me descobriram e me convidaram para fazer o primeiro retrato profissional, de um ator de novela para a revista Capricho”, conta. Ele desistiu definitivamente da carreira de designer gráfico quando recebeu por um lookbook (fotos de moda), num único dia, o equivalente ao seu salário mensal numa agência de arquitetura e cenografia. “No início, foi difícil.

Não faça de sua vida uma fábula com final infeliz

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Várias fábulas retratam a oposição entre os disciplinados e os desregrados. De cabeça, cito “Os Três Porquinhos“, “A Cigarra e a Formiga“ e “A Lebre e a Tartaruga“. https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr5ntOo2KHpDDBMWyR3FFkMrQ0kqi50OM4b5rG8KpFfCvcB6f2FI9YUjYG8ngXT-J2H1zCSjRL345TO8n7BRqKI50Mn1gtZEkI4RnHxNazbSPM9TMWE6LqgAVD2izKFfXkuUGjfqPZOVQB/s1600/cigarra.jpg Os precavidos saem vitoriosos em todas. Apesar disso, não são bons personagens, não são atraentes. Suas vidas metódicas são entediantes. O mesmo acontece no âmbito das finanças pessoais. Poupadores são confundidos com sovinas, avarentos. O consumo imediato tem mais apelo. Frases como “O futuro a Deus pertence”, “Depois a gente morre e deixa tudo aí” e  “Ninguém leva nada para o caixão” reforçam a ideia de que a poupança é desnecessária. E as “necessidades” de consumo não param de crescer. Entre a década de 70 e hoje, as residências brasileiras de classe média foram invadidas por celulares, iPads, lei