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Mostrando postagens de abril, 2020

Valores, o DNA invisível

Em momentos como o que estamos vivendo atualmente é comum questionar os valores das pessoas e, muitas vezes, negligenciar os nossos. Mas afinal de contas, o que são valores e porque isso é importante para nossa vida? Valores, o DNA invisível De uma forma mais simplista, os valores são os princípios e qualidades que entendemos importantes para nós. Eles estão diretamente ligados ao nosso sentimento de bem estar. Na medida em que não são atendidos nos sentimos deslocados. Para cada tomada de decisão involuntariamente consultamos nossos valores, assim decidimos o que é certo ou errado. A exemplo disso, uma pessoa que procura proteger a família e amigos está fazendo isso com base em seus valores. No mesmo sentido, a forma como usa seu dinheiro está totalmente ligado aos valores. Como gastamos nosso tempo livre e a nossa disponibilidade de recursos está diretamente relacionada aos valores. Faça o que digo, não faça o que faço Quem nunca ouviu ou já falou isso? Eu mesmo já disse e ouvi isso

É você com você

Uma das primeiras coisas que escuto de pessoas sem a menor noção de planejamento financeiro (me refiro as pessoas que não estão em situação de vulnerabilidade social) é que não gastam muito, que se não fosse por conta de alguma despesa obrigatória poderiam fazer muito mais coisas e também investir. Alguns colocam a culpa na família, na esposa ou no marido, outros já discorrem sobre os custos de manter uma criança. Também temos aqueles que falam que ganham muito pouco e por isso não sobra dinheiro. Enfim, já estou acostumado a ouvir as mais diversas desculpas. O engraçado é que essas desculpas costumam se repetir de pessoa para pessoa apenas com algumas variações.  Apenas seja consciente Tudo isso que descrevi não é para que sinta culpa ou se sinta mal. A culpa leva a pessoa a buscar estratégias de restrição excessivas de curto prazo que raramente surtem algum efeito duradouro. Assim como dietas extremamente restritivas somente levam as pessoas a ficarem doentes e depressivas. Como desc

Os mãos fracas

São aproximadamente mais 400 mil novos CPFs em março na bolsa, isso no pior mês da história do mercado de nossa história recente. Com certeza é um dado a ser comemorado, no entanto, me preocupa o perfil destes novos entrantes. Tenho, cada vez mais, recebido questionamentos de amigos e pessoas que desejam entrar no mercado de ações para aproveitar a queda recente. Claro que sempre acho positivo quando alguém busca formas de remunerar seu dinheiro, mas o problema é que essas pessoas, na maioria das vezes, entram com viés puramente especulativo e sem o menor conhecimento e experiência de mercado. Geralmente as perguntas que recebo são do tipo… o que você me recomenda para investir, qual ação devo comprar? A resposta é sempre não sei! Qual seu conhecimento de mercado? Qual o objetivo? qual seu perfil de investidor? Qual sua experiência com renda variável? Quais investimentos que já possui? Tem reserva de emergência? Sabe o que é uma corretora? Ou seja, pessoas totalmente cruas entrando no

Conforto é morte

Um dia desses eu estava vendo videos no youtube de forma aleatória até que apareceu o vídeo um de um casal que viajava de moto, mais precisamente uma Strada 250 cilindradas, eles largaram tudo que tinham para viver essa aventura e já estavam um ano e meio percorrendo a América do Sul. Faziam questão de dizer que deixaram trabalho, faculdade, casa e tudo que tinham. Também era possível observar que não tinham muita ideia do que seria de seus futuros. Vendo aquele vídeo comecei a fazer inúmeros julgamentos do tipo… –  Nossa, legal… mas e quando chegar a velhice, como irão se sustentar?; Se acontecer algum acidente possivelmente não terão nem sequer como voltar para casa. – Coisas do tipo que toda pessoa sem coragem de tamanha ousadia costuma julgar. Como diz escritora Brené Breown: “Nada pode nos fazer sentir mais ameaçados e mais incitados a atacar e envergonhar os outros do que ver alguém vivendo com ousadia.” É muito fácil ser solidário com pessoas que estão mal, que estão tristes e i

Um covarde... com orgulho!

Faz um ano que larguei meu emprego, lembro muito bem daquele dia. Foi uma sexta feira chuvosa de outono, estava um pouco frio. Eu olhei minha mesa e todos as outras naquele andar enorme vazio,  já estava tarde, umas 21h da noite. Desliguei minha máquina, recolhi minha garrafa e a minha inseparável caneca de café, de longe ainda escutava alguém digitando, com certeza algum pepino de ultima hora segurou aquela colega de profissão, com raiva por estar longe da família, ou até mesmo do famoso happy hour de sexta feira que mais funciona como um escape para lidar com a frustração de uma vida vazia. Quantas vezes também tive que ficar até mais tarde para conseguir fazer as coisas acontecerem, aquele dia era diferente, fiquei até mais tarde, mas era para não deixar nenhuma pendência de uma vida que tinha decidido deixar para trás. Eu já estava decidido há duas semanas e não tinha volta, senti medo, mas também estava cheio de esperança. Um misto de adrenalina e cagaço, confesso que estava com m

A melhor coisa que o dinheiro pode comprar é tempo

Você pode gastar seu dinheiro com inúmeras coisas, mas sem dúvidas o tempo é o melhor dos destinos que devemos empregar o dinheiro. O tempo não se estoca e é impossível saber quanto dele ainda temos disponível pela frente. A gente tem a péssima ideia de imortalidade, como se o tempo sempre estivesse disponível. Imagine como seria se soubéssemos quantos dias ainda nos restam pela frente? Com certeza a relação com o tempo séria diferente. O tempo é o nosso ativo mais limitado A gente costuma buscar inumeras formas, tanto para ganhar quanto para economizar dinheiro, além disso é muito comum comparar tempo à dinheiro. Quem  nunca ouviu a expressão americana “Time is Money”? A verdade é que tempo vale muito mais que dinheiro,  pois o dinheiro se cria, se recupera, agora o tempo meu amigo… o tempo só se gasta! Perder um final de semana visitando três supermercados para economizar alguns poucos reais pode ser um grande desperdício de tempo. Da mesma forma que trabalhar muito, unicamente por d