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Mostrando postagens de abril, 2011

Não é o mercado que dita as regras, somos nós!

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Em 22/junho/09 o amigo leitor Vanderlei escreveu: “Leitão e agora que a bolsa está nessa maré eu devo continuar aplicando aos poucos ou esperar dar uma estabilizada? Qual é a regra?” Oi Vanderlei! Não podemos agir de acordo com o mercado. Não é o mercado que dita as regras, somos nós! Não podemos ficar: “Se o mercado cair eu acho que vou fazer isso”; “Se o mercado subir e agora, o que faço?”; “Vixe, o mercado caiu e agora o que vou fazer?” Isso é fazer o jogo do mercado, que infelizmente a maioria faz. Em Investimento e Especulação, a gente não se preocupa com o mercado. Venha o que vier já sabemos o que fazer, antecipado (e esse antecipado não tem nada a ver com futurologia não, e sim com agir certo no presente). E não depois que o mercado já caiu ou subiu… Agir assim é um alívio… O mercado de ações fica tranquilo igual passear no parque com duas tartarugas..  Abraços! Por:  Eduardo Leitão (Leitão em Ação) 6 de outubro, 2009 às 16:24 Fonte:  http://blogs.advfn.com/artigos/investimen

O crescimento da empresa é sempre algo bom para o investidor?

Essa semana, li um artigo bem interessante escrito por Ben McClure. O texto trata das empresas de crescimento (growth stocks), que normalmente são opostas às empresas de valor (value stocks), que não teriam tanto potencial de crescimento quanto às primeiras. Alguns investidores (como Peter Lynch) preferem as empresas de crescimento, porque, como os preços das ações, no longo prazo, tendem a acompanhar o lucro das empresas, as cotações dessas companhias tenderiam a ser mais lucrativas que as das empresas de valor. Para outros (como Warren Buffett), essa distinção entre empresas de valor e de crescimento não tem muito sentido, já que empresas de crescimento comprovadamente bem sucedidas também seriam empresas de valor. Independentemente dessa controvérsia, o texto de McClure aponta alguns problemas que o investidor deve averiguar antes de investir em empresas de crescimento, porque o crescimento demasiado nem sempre é um bom negócio. O primeiro fator salientado por McClure é que nem semp

Para ganhar dinheiro com ações esqueça as carteiras de corretoras

Todos os meses saem carteiras mensais e semanais das corretoras. Engraçado que todas as ações possuem preços estimados para 12 meses. Vocês podem até discordar, mas nunca vi nenhuma corretora acertar esses preços ao final dos 12 meses. O pior é que muitas vezes esses preços são revisados poucos dias depois. Lembram da recomendação de compra de PETR4 com a oferta de capitalização meses atrás? Todas as corretoras estavam recomendando a compra, uma semana depois todas as mesmas corretoras retiraram recomendação. Eu pergunto: Por que? A bola de cristal dos analistas das corretoras mudam tão rápido quanto o humor do mercado. Esses analistas precisam recomendar empresas mesmo quando não deveriam recomendar nada, pois as corretoras vivem de corretagem. Warren Buffet chamava esses corretores de balconistas de farmácia. Quando cliente vai a uma farmácia pedir a recomendação de algum remédio, eles sempre fazem alguma recomendação, mesmo sem a necessidade de recomendar absolutamente nada. O m

Por que é razoável esperar que ações sejam mais rentáveis do que imóveis?

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Os leitores já devem estar acostumados com minhas críticas ao mercado imobiliário, bem como com minha crença de que o mercado de ações, no longo prazo, será um melhor investimento (e menos arriscado) do que os imóveis. Não acredito que os próximos anos no mercado imobiliário serão tão rentáveis quanto foram os últimos quatro ou cinco, mas penso que o mercado de ações – principalmente para quem decidir estudar bem as empresas em que investe, tem tudo para ser muito lucrativo. Mas por que eu acredito nisso? 1. Uma empresa fabrica produtos ou oferece serviços. O que fazem os imóveis? O primeiro motivo pelo qual acredito que as ações tendem a trazer uma maior rentabilidade no longo prazo do que o investimento em imóveis é bem simples. Uma ação, como você sabe, é um pedacinho de uma empresa, cujo principal objetivo é produzir lucros. Independentemente do setor de atividade da empresa, ela só existe por esta razão. Ela fabrica produtos ou oferece serviços, cobra por isso e, se é bem administ

Carteira de Ações é como um time de futebol

A um tempo atrás o amigo leitor, Halim, enviou uma simpática mensagem que resultou em um pequeno texto cheio de conceitos importantes: “Leitão, boa noite! Sou um sofredor: Corintiano, torcedor do Atlético Mineiro e tenho ações da Petrobras. Fiz tomografia do coração e nada consta aos 72 anos. Por isso vou aguardar a subida das ações já que também meus times estão subindo. Viva estou feliz apesar da petr4 esta para mim defasada, mas com certeza ela vai subir. Abraços, Halim ” —————————————————– Oi Halim! Heheheh! Emoções fortes mesmo! No futebol não temos muito o que fazer mesmo, então o jeito é torcer! :- ) Mas na bolsa temos sim muito a fazer. Nós é que escalamos nosso time (ações) e definimos como vão atuar (estratégia). Não ficamos só torcendo não. Na bolsa, nós somos o técnico! E nosso objetivo é manter um time uniforme, coeso, e um futebol bonito. E mais, no nosso time não tem “estrela”. Não confiamos muitas fichas em um único jogador (ação). Nosso time é um time mesmo. Joga un

Quanto custa um apartamento de R$ 1.5 milhão?

“Ora bolas, Fábio: um  apartamento de 1 milhão e meio de reais custa 1 milhão e meio de reais. Qualquer idiota sabe disso. Acabou o assunto e você vai enrolar no blog?” Calma, me dê uma chance, leitor. Quero mostrar a você que um apartamento de R$ 1.5 milhão não custa R$ 1.5 milhão, mas MUITO, MUITO mais do que isso. Obviamente, isso também vale para imóveis mais caros ou mais baratos do que isso, também, e para muitas outras coisas. Vale para qualquer bem que você comprar na sua vida. “Por que diabos você vai falar do apê de R$ 1.5 milhão, e não do computador de R$ 2.000,00″?  Simples: porque o apê de R$ 1.5 milhão pode fazer com que você perca a oportunidade de se tornar milionário – milionário mesmo, daquele tipo que as pessoas invejam porque ganham na mega-sena. “Fábio, você usou LSD, cara. Se eu tenho o apartamento de luxo, que me custa R$ 1.5 milhão, eu já sou milionário. Vai reescrever essa droga de  post , homem”.  Peter Schiff, um sujeito a que me referi antes, costuma dizer,

Investir no que você conhece – Consumidor Investidor

Warren Buffett , um ícone do mercado financeiro, sempre afirmou  investir em negócios que ele seja capaz de entender , por isso ele escapou ileso da bolha das empresas .COM !!!!! Muitos investidores tem como método de investimento investir em empresas em que eles são  consumidores  e  gostam dos produtos,  empresas as quais eles trabalham ou prestam serviços, ou até investir em empresas dirigidas por grandes administradores. Tenho notado que cada vez mais as pessoas investem em produtos e serviços que elas conhecem bem. Tomo como exemplo minha amiga Celinha (a que me refiro de Celinha “Blue Chips” !!!! rsrsrsrs), ela sempre investe no que conhece, invariavelmente fala das virtudes do supermercado que frequenta, dos produtos cosméticos que usa, do laboratório de análises clínicas, da empresa de seguros que utiliza, e gosta tanto das empresas que investe que passa a estudá-las a fundo!!!!!! Um dia fiz uma pergunta a um colega sobre uma empresa do ramo alimentício,  se ele seria capaz de

Concurso público ou emprego no setor privado?

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Muitas pessoas têm me perguntado algo que, à primeira vista, está fora da lista de assuntos que deveriam ser debatidos no site: “o que é melhor? estudar para um concurso público ou tentar batalhar no setor privado como empregado?”. Apesar de parecer algo que está fora da temática do site, entendo que é uma pergunta bem interessante para quem pretende investir. Afinal, para o pequeno investidor, o primeiro passo para começar a investir é justamente definir como vai ganhar o pão de cada dia  e administrá-lo – e um cargo público ou um emprego privado são duas opções a serem consideradas. 1. Concurso público: garantia de renda alta? Todos temos pré-concepções a respeito de qualquer assunto. Mesmo que não entendam nada de um tema qualquer, as pessoas gostam de “meter o bedelho” e opinar. Quem aqui não fez isso em algum momento de sua vida? Deu sua opinião sobre o tratamento de um conhecido sem ser médico, dá pitaco sobre como a economia do país deveria ser gerida sem saber nada sobre econom

Investidor, Especulador, Jogador, Torcedor e os perfis na bolsa…

Pessoal, mais um ótimo texto para apreciarmos. Meu amigo Flávio usou uma analogia muito interessante em um de seus comentários, que transcrevo logo abaixo: “Não sou investidor. Sou camelô. Compro por um preço, coloco na prateleira, espero o cliente passar e vendo mais caro (margem). Se o mercado estiver ruim, dou desconto. É um comércio como outro qualquer. E espero que os compradores fiquem felizes com o que comprarem de mim (satisfação pós-venda).” Achei super franca sua descrição de como encara o mercado. Ele sabe exatamente o que está fazendo. Alguns compram ações do camelô para consumo próprio. Compram e tomam posse. Adicionam ao seu patrimônio. Esses são os  Investidores . Outros compram ações do camelô para revenda. Ficam somente o tempo necessário para negociá-las novamente, na intenção de auferir lucro nesta transação. São negociantes assim como o camelô. Esses são os  Especuladores . Outros ainda, compram ações do camelô para arriscar a sorte. Passam em frente à sua banca de

Aprendendo a perder dinheiro

A recente crise financeira me fez lembrar da primeira vez que me arrisquei no mercado de ações, no início de 2006. Estava no meu primeiro emprego formal (professor universitário), feliz da vida porque estava começando a ganhar um pouco melhor do que a bolsa de mestrado e a economizar um dinheirinho. Como já tinha algumas economias, resolvi investir uma pequena parte delas em um fundo de ações, pra “sentir o gosto da coisa”. Nas primeiras semanas, estava feliz da vida: todo dia que eu olhava o extrato do fundo, havia mais dinheiro do que no dia anterior. Até que, em fevereiro, pouco mais de um mês depois que eu comecei a investir, estourou uma pequena crise na China, e as bolsas “derretaram”, em menos de três semanas, mais de 20%. Eu perdi, naqueles dias, tudo o que havia ganho e ainda saí no prejuízo. Inexperiente com a coisa, resolvi tirar o dinheiro para evitar “perder mais”. No final de março, as bolsas começaram a se recuperar e logo não havia vestígio daqueles dias que o mercado