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Mostrando postagens de novembro, 2019

Você não é seu dinheiro

Seu patrimônio não determina seu valor, independentemente de ter muito ou pouco, dinheiro é o que você acumula e não o que você é. Nossa sociedade acostumou a dar valor às pessoas pelas suas posses, neste sentido se hoje você não tem patrimônio líquido, não será muito valorizado pela sociedade. É possível que existam comentários do tipo: – Olha aquela pessoa, já chegou nos trinta e não tem nada. É um fracassado! Uma pessoa atrasada, pois, com essa idade já deveria ter carro e casa (financiados). Independente do seu patrimônio liquido atual, isso não reflete seu valor. Como disse o mega investidor Warren Buffett… “Um bom investimento sempre será um bom investimento”. Desta forma o que se discute é apenas o tempo, ou seja, o prazo que este bom investimento irá se provar como bom. Em nossa jornada nem sempre os resultados atuais irão refletir nosso real valor. É muito importante enxergar a longo prazo, pois, do contrário, cairá na armadilha mensurar seu valor pelo tamanho do seu patrimôni

Quem reclama não muda

Está muito calor; Está frio; Por que a hora não passa?; A hora está passando muito rápido; Este café é horrível; Meu bairro é muito feio; Meu marido nunca me ajuda; Minha esposa não me deixa em paz; Nunca sobra dinheiro pra nada… Reclamações, reclamações e reclamações Tenho certeza que usa com frequência alguma dessas reclamações acima. Todos nós reclamamos da vida, de coisas banais como o tempo, o trânsito, o cotidiano de um modo geral. Se for falar de trabalho então, aí o alvo é o salário, o chefe, os colegas, os horários, a infraestrutura, a tecnologia ou a falta dela. Se está desempregado reclama, empregado também reclama. Se está com alguém reclama do relacionamento, mas também reclama por estar só. Infelizmente criamos o hábito de sermos eternos reclamões. De anunciar toda pequena insatisfação. Não vou entrar nas questões psicológicas que nos leva a esse comportamento, (mesmo porque sou totalmente leigo) mas a somatória de pequenas reclamações e pensamentos funciona como um enven

Uma das maiores desculpas para não poupar

Quando falo sobre poupar dinheiro e investir costumo ouvir um monte de desculpas, coisas do tipo… – Ganho pouco, – Quando terminar de pagar o carro vou começar ou então falam… – Quando eu tiver mais dinheiro começo. Porém existe uma desculpa que é a mais frequente que todas as outras: O desafio financeiro de uma vida a dois Esta desculpa, que é frequente desde quem apenas namora até casais de longa data, é muito fácil de usar, afinal de contas, quando você usa esta argumentação deixa de ser responsável pelo seu fracasso financeiro. Dizem… – Se eu fosse solteiro seria diferente, ou – Se não estivesse namorando conseguiria poupar mais dinheiro. Essas desculpas permitem que você não sinta responsabilidade e ainda coloque nas costas dos outros a culpa por não fazer poupança, por não investir e até por ser endividar. Uma das principais razões para este tipo de argumento ser argumento muito utilizado é porque, nem no namoro até o casamento as pessoas não falam sobre dinheiro de forma aberta.

Vai que eu precise...

Sabe aquele objeto que você guarda só se por caso precisar um dia? Acho que todo mundo tem esses objetos dentro de casa. A gente vai guardando e guardando até que chega o momento que se encontra em volta de uma montanha de tranqueira inútil. Outro dia resolvi fazer uma limpa no meu quarto, eliminei um monte de coisas, mas ainda assim não desapeguei de outras com o pensamento de…. “vai que precise no futuro”. A verdade é que até hoje não precisei e é bem possível que não venha precisar. Assim ainda me vejo cheio de coisas que não uso, mas guardo com a desculpa de que poderei usar em um futuro hipotético que nunca chega. Com este pensamento resolvi fazer uma nova rodada de organização das minhas coisas, quero ver quantas destas coisas irei eliminar com a consciência de buscar exatamente esses pertences que estão guardados com a desculpa de serem usadas no futuro. Tenho certeza que esses pertences ocupam espaço, precisam de manutenção, deixam o ambiente carregado e ainda não contribuem em

A estratégia Barbell para comprar coisas

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Há pouco tempo, falei sobre a estratégia barbell para investimentos . Agora veja que esta mesma estratégia pode ser utilizar para comprar coisas. Um dos conselhos dos minimalistas é possuir poucas coisas, porém as que possuir devem ter qualidade. A estratégia barbell neste sentido é um pouco mais sofisticada, já que ela seleciona os itens que devem ser de ótima qualidade e por consequência mais caros ( ser caro nem sempre é sinônimo de qualidade). Do outro lado temos os produtos baratos evitando o meio termo, ou seja, deve-se buscar os dois extremos. Compras de qualidade para coisas que usa todos os dias Eu sempre me coloco a pensar o que compensa pagar caro pela qualidade e não me arrepender de desperdiçar dinheiro comprando apenas marca. Existe um ditado popular que diz… “o barato sai caro”. Já comprei algumas coisas achando que estava fazendo economia, mas na verdade acabei gastando mais dinheiro depois, já que o produto não tinha durabilidade. Um exemplo são facas de cozinha. Aq

Taquei o FODA-SE

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Eu acredito que já tenha comentado aqui que larguei o emprego, mas não falei o por quê e acho interessante compartilhar. No começo do ano, por volta de fevereiro (2019), fui demitido do emprego que já trabalhava a seis anos. Como acontece com todo pé na bunda que levamos, fiquei por um pequeno período de tempo triste, como se precisasse provar meu valor para aqueles que me dispensaram ( uma espécie de troco). A verdade é que depois de alguns e-mails e contatos em menos de duas semanas já estava trabalhando novamente, com salário maior do que o anterior, porém ter dado o troco não me fez mais feliz. Eu não fiquei melhor por voltar a trabalhar e nem por ganhar mais dinheiro. Percebi que o ambiente mudou, as pessoas mudaram, mas tudo era a mesma coisa. Reuniões improdutivas, pessoas superficiais, metas corporativas, regras, processos chatos e inúteis. Não sei porque, mas tudo aquilo não estava fazendo mais sentido. Talvez eu não me enquadre no modelo corporativista, mesmo em teóricas boas

O movimento FIRE sem o RE

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Quem leu o título deste artigo e não entendeu nada, antes de tudo precisa saber o que é o Movimento FIRE , de uma forma simples,  resumida pelo site The Retirement Manifest: “Um movimento dedicado a um programa de extrema economia e investimentos que permite que os proponentes se aposentem muito mais cedo do que o permitido pelos orçamentos e planos de aposentadoria tradicionais.” A sigla FIRE vem da abreviação das palavras em inglês, Financial Independence Retire Early, em uma tradução ao pé da letra seria Independência financeira e aposentadoria precoce. O que muita gente questiona é sobre o RE, afinal de contas, deixar de trabalhar aos trinta e cinco anos, no momento em que somos mais produtivos parece até um pecado. A própria ideia de se aposentar, enquanto noventa e nove por cento da população ainda terá de trabalhar pelo menos mais trinta anos, não costuma ser muito bem visto pelas pessoas. Na verdade isso chega a soar como um absurdo, já que a maioria das pessoas vão chegar na t

Os órfãos dos juros altos

De um lado temos o investidor preguiçoso que não se interessa em aprender sobre investimentos, que não se empenha em saber como investir e mesmo assim, deseja continuar tendo os mesmos rendimentos que tinha anos atrás com a renda fixa. De outro lado temos a cultura da especulação que quer enriquecer do dia para a noite sem muito esforço. Estas são as duas faces da mesma moeda. O Investidor preguiçoso e a cultura de especulação A pouco menos de quatro anos atrás tínhamos juros na casa dos quatorze por cento, isso significa que em cinco anos, sem fazer nenhum esforço, era possível dobrar o valor do investimento, claro que precisamos considerar a inflação na conta, mas, mesmo assim, eram rendimentos de fazer inveja para muito gestor de fundo em renda variável. Agora nós temos milhões de órfãos dos juros altos que não tem a menor a ideia do que fazer neste novo cenário de juros baixos, afinal de contas nunca fizeram nada além de depositar o dinheiro no banco e esperar. Pessoas rentistas sã