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Mostrando postagens de 2021

Festa ou velório?

Faz três anos que deixei o mundo corporativo. Está chegando o final de ano e essa época marcada pelas festas de fim de ano, são três anos sem participar da famosa “festa da firma”.  Todos reunidos para comemorar o ano que se passou. É muito engraçado aquele evento, sempre tem aquele personagem que vai beber mais do que deveria e passar vexame. Tem também a galera da pegação, que se aproveita da combinação álcool e ambiente descontraído para fazer o que tinha vontade o ano todo, mas não tinha coragem. Tem o tímido (a) que se revela o mais habilidoso dançarino da festa. Os estagiários, doidos com a novidade, (coitados mal sabem) todos esperançosos que ano que vem serão efetivados. Tem sempre aquele momento do sorteio, alguns serão agraciados com algum prêmio, modéstia parte sempre tive muita sorte e ganhava alguma coisa bacana todo ano. (Assim seguia minha jornada feliz por ser um “escravo do sistema” sortudo.) Em algum momento da festa o presidente/diretor da empresa vai apresentar algu

A casa está caindo

Longe de querer ser sensacionalista com o titulo do post, no próximo ano completo três anos como 100% FIRE raiz, não tenho nenhuma fonte de renda ativa, a não ser algumas operações de flipagem/arbitragem com FIIs e também venda coberta de opções. Rendimentos extras que só existiram por uma gestão ativa dos meus investimentos, o que pode ser considerado trabalho. A casa está caindo No exato momento em que escrevo (26/11/21) temos um cenário tenebroso pela frente, o que poderíamos chamar de tempestade perfeita. Uma pandemia que já dura dois anos, notícias de uma quarta onda na Europa e nova variante do vírus vindo da África do Sul. Um desarranjo global de abastecimento aliado à chuva de dinheiro emitidos por todos os bancos centrais mundo afora estão gerando inflação fora do comum em praticamente todo o planeta. Por aqui, nosso velho mundo novo com inflação de dois dígitos, curva de juros futuros passando 12%, desemprego recorde, governo estourando o teto de gastos e, não satisfeito dand

Ela voltou, e agora?

A danada da inflação voltou com os dois pés em nossos peitos, e agora? Para quem é novinho e não conhece nosso histórico de hiperinflação não faz ideia o que era a loucura que vivíamos antes do plano real. A grande verdade é que estamos cada dia mais pobres e com o andar da carruagem, onde o governo perdeu a mão, o dólar está nas alturas e os juros, possivelmente irão voltar a ter dois dígitos. Estamos meio perdidos diante dessa nova realidade. É por pouco tempo Muitos especialistas estão afirmando que é algo pontual, efeito do desarranjo global na cadeia produtiva causada pela pandemia do Corona vírus. No entanto, nós aqui no Brasil, além deste problema, temos o dólar alto, a desconfiança no governo,  e eleições no próximo ano. E os investimentos De primeiro impacto, aqueles que vivem de renda (eu no caso) estão de imediato sofrendo uma perda de compra para aqueles investimentos não atrelados diretamente à inflação. Os fundos imobiliários, apesar de terem os contratos corrigidos pela

Será que o RE do FIRE vale a pena?

Recentemente foi divulgado um estudo conduzido pela Universidade da Pensilvânia mostrando que o excesso de tempo livre pode fazer mal, causando um efeito totalmente oposto ao que desejamos. O excesso de tempo livre pode fazer mal à saúde Neste sentido, o excesso de ócio pode trazer estresse, ansiedade e falta de vontade de viver, em outras palavras, falta de propósito . Podendo até se transformar em quadros de depressão. Obviamente que não ter tempo é tão ruim e até pior que o tempo em excesso, neste sentido o que se observa é que temos a necessidade de ter alguma ocupação, seja ela remunerada ou não. A pressão Social Não é de hoje que sofremos uma imensa pressão social por sermos produtivos, por fazer algo que seja “útil” para a sociedade e além disso, gerar receita, ganhar dinheiro, mesmo que não precise mais dele é algo muito apreciado e valorizado pela nossa sociedade. Eu particularmente ainda, em alguns momentos, penso que poderia estar ganhando muito mais dinheiro se voltasse

Hippie Urbano é o Caralho

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Acho que é muito importante não se esquecer porque decidimos fazer e realizar algumas coisas em nossas vidas, principalmente quando realizamos o que foi planejado. Eu estou fazendo esse exercício pois tenho sentido cada vez menos vontade de escrever, por isso voltei a ler o blog, peguei textos antigos para sentir e lembrar o que eu desejava ao iniciar esse projeto do Sapien Livre. Foi em uma dessas leituras que cheguei no post que vou republicar abaixo pois mostra muito sobre o conceito de independência financeira e FIRE. Postado em Abril de 2019 Outro dia li um artigo que falava das pessoas que decidiram largar suas profissões para se dedicarem as coisas que amam fazer. Como um engenheiro que passou a se dedicar a jardinagem, uma publicitária que agora virou cozinheira. Quantas pessoas sonham em largar o mundo corporativo para viver de suas paixões, mas a necessidade financeira os prendem em uma vida sem tesão? O Movimento FIRE neste sentido entra como uma forma de alternativa para pr

A importância de pertencer

Relacionar-se é tão importante quanto atingir a IF Tem um filme muito bacana chamado Na natureza Selvagem (Into the Wild). Ele retrata a história real de um jovem americano (Christopher McCandless) que decidiu deixar a sociedade e viver como um ermitão na natureza, mais exatamente no estado do Alaska. Não querendo fazer spoiler para quem ainda não viu o filme, depois de um período de lua de mel com o ambiente, os problemas começam aparecer até que ele adoece e morre sozinho por inanição dentro de um ônibus abandonado no meio do nada. Antes de morrer, ele escreveu alguns recados e uma das coisas que deixou documentada foi a frase… ” A felicidade só é real quando pode ser compartilhada”. Christopher McCandless Essa frase traduz exatamente tudo que gostaria de explicar nesse post. Nós humanos somos seres sociais, temos por necessidade viver em sociedade. No entanto nossa sociedade está doente e como solução criamos algumas contra culturas, a exemplo disso temos as ecovilas, as chamadas so

Honestidade deve ser premiada?

Semana passada eu fiz uma viagem para Bonito – PE, uma região de muitas cachoeiras e natureza exuberante. Quando voltei para minha cidade, ao deixar o ônibus da agência e pegar minha chave do carro, por descuido deixei minha carteira cair e não percebi. Em resumo, perdi a carteira em uma praça e ela foi encontrada por um jovem rapaz, que por trabalhar em uma operadora de internet, descobriu meu contato no banco de dados da empresa. Entrou em contato comigo e marcamos para a devolução na empresa onde ele trabalha. Em retribuição ao tempo e cuidado despendido eu comprei uns chocolates e o presenteei como forma de agradecimento. Passado isso, ao contar essa história para alguns parentes, eles me disseram que eu deveria ter dado dinheiro para ele, que eu provavelmente estou sendo mal falado pelo rapaz que fez a boa ação de me devolver. Esse acontecimento e comentários me levaram à reflexão que dá título a esse post. A honestidade deve ser recompensada? Será que você ao encontrar algo que n

O pé sente o pé quando sente o chão

Tem uma frase famosa que algumas pessoas costumam dizer que é mais ou menos assim… “só vai dar valor depois que perder”. Obviamente, a maioria das pessoas que falam isso é porque estão se sentindo desvalorizadas, seja em um relacionamento ou no emprego. Mas não deixa de ser algo verdadeiro. É somente na ausência de algo que sentimos sua falta, neste sentido só sente falta de enxergar quem possui alguma deficiência visual, do contrário ela apenas enxerga e nem percebe a maravilha que é desfrutar deste sentido do corpo. A felicidade depende do sofrimento para que seja percebida. A frase que dá título a este post ” O pé sente o pé quando sente o chão” é de Sidarta Gautama, mais conhecido como Buda. É incrível como é verdadeira e perturbadora, só temos consciência de nosso corpo quando ele entra em contato com atrito de algo, seja uma roupa confortável ou um sapato apertado. O primeiro emprego que eu tive com carteira assinada foi como office boy em uma importante agência de propaganda e m

Diário de um detento

O despertar O despertador do telefone tocou ao lado da minha cama, ainda embriagado pelo sono demoro a perceber aquele chamado para mais um dia, com um pouco de dificuldade aperto o modo soneca, pronto! Acabei de ganhar mais cinco minutos de fuga da realidade que me esperava. Mal fecho os olhos e o desgraçado toca novamente, aquela música que inicialmente coloquei para despertar com um pouco mais de ânimo agora faço associação ao sentimento ruim da obrigação. Enfim ele me vence, o quarto ainda escuro recebe das frestas da janela um pouco de luz. Os pequenos raios claros me convidam a abrir a janela. De lá consigo observar que o mundo já está funcionando a todo vapor, pessoas apressadas e alienadas correm, se apressam para não perder o transporte lotado para o trabalho. Logo mais estarei lá, disputando um lugar minimamente confortável, se é que andar em pé dentro de um ônibus pode ser chamado de conforto. Crianças seguem o rito para chegar à escola. Trânsito caótico já na esquina de cas

Tá ruim, mas tá bom

Uns anos trás, poucos meses antes de eu largar meu emprego, fui almoçar com uma amiga de velha data. Nós estagiamos juntos e acabamos tomando caminhos diferentes até que uns oito anos depois ela foi contratada pela empresa que eu trabalhava. Lembro que no almoço, ela me falou sobre como a vida dela caminhou, casada, com um filho pequeno e trabalhando na mesma área que iniciou. Como de costume como faço meus melhores amigos, fiz inúmeras perguntas de reflexão sobre vida, trabalho e dinheiro. Nesse período que estávamos almoçando percebi que ela ficou um pouco retraída, então perguntei o porquê disso. Ela respirou, pensou por um período e me respondeu que minhas perguntas, se fossem realmente respondidas com sinceridade, teria de tomar atitudes e mudar muitos aspectos de sua vida. Vida Meia Boca Todo esse rodeio foi só um exemplo para ilustrar como nós, na grande maioria das vezes aceitamos levar uma vida de forma infeliz, ou parcialmente feliz. O que na verdade poderia ser chamado de vi

Nunca seremos livres

Acho que uma das maiores utopias da humanidade é acreditar que podemos ser livres e isso é muito contraditório pois esse blog só existe por uma vontade angustiante de liberdade. A Matrix da Matrix As ideias Liberais deixam de ser liberais quando são alcançadas. Aqueles que gostariam de sair da casa dos pais para não cumprir regras, quando o fazem, se apequenam, criam suas próprias regras de aprisionamento. O topo da montanha deixa de ser topo e se torna plano… uma angustiante e broxante planície. Claro, tratamos aqui de liberdade financeira, independência financeira e mesmo esses termos comuns recebem inúmeras definições diferentes e sempre estaremos presos a alguma ideia pré-definida. Primeiro ansiamos pela possibilidade de não precisar vender nosso próprio tempo, a fuga da Matrix, da corrida dos ratos de qualquer forma que seja possível. Depois da conquista, de todo esforço, logo uma outra necessidade aparece… é a Matrix dentro da Matrix, saímos de uma caverna para entrar em outra. N

O mundo do descartável

Você já sentiu a necessidade de trocar um produto por outro pelo simples fato de ele ter um arranhão, uma pequena fissura? Já tentou mandar um objeto para consertar e observou que o preço é muito próximo de adquirir um novo? Já se sentiu deslocado em algum lugar por não usar a roupa da moda ou por não aderir a produtos e serviços que todos possuem? Já se sentiu por fora de uma conversa porque não assina Nettflx ou porque não usa alguma rede social? As perguntas e exemplos beiram o infinito, mas existe um único motivo para existência dessas perguntas: A Obsolescência Programada A indústria, de um modo geral cria e desenvolve de forma proposital produtos e serviços com prazo de validade curtos, tão curtos que mesmo antes de sair da loja com o produto novo, já estão prestes a vencer. O aparelho de telefone celular é o exemplo mais clássico desse tipo de validade programada. Neste sentido a obsolescência programada pode ser dividida em duas formas, todas elas muito efetivas: Obsolescência

Gestão de carteira de Fundos Imobiliários

Os fundos imobiliários vem ganhando cada vez mais visibilidade por parte dos investidores brasileiros, segundo último boletim do Ibovespa, já são mais de 1,3 milhão de CPFs que aportam nesta modalidade de renda variável. Apesar da característica próxima de um híbrido de renda fixa e renda variável, comparações simplistas podem fazer pessoas sem nenhuma experiência e pouco conhecimento, quebrar a cara. Preço Importa Uma das principais coisas que observei com relação aos fiis é que o preço de compra tem muita importância, tanto para os rendimentos mensais auferidos, como também para possível valorização do fundo. De forma resumida, não adianta comprar coisa boa por um preço que não vale. Neste caso, mesmo tendo um bom fundo em carteira, ele trará desempenho ruim comparado ao preço de compra. Marketing Time Quando coloco que o preço deve ser objeto de avaliação além dos critérios mais comuns ( Localização, ativos, gestão, rendimento etc ), alguns dirão que é muito difícil acertar o tempo

Querer não é poder

A pouco temos entrei em uma gostosa discussão com amigos sobre frugalidade e minimalismo. Existe sempre a falsa ideia de que adeptos a uma vida mais frugal faz apologia à pobreza, que vive de forma sacrificante e miserável. É muito importante fazer distinção do que são pessoas necessitadas, que vivem em condições de vulnerabilidade e que fazem um esforço enorme para conseguir sobreviver de forma minimamente digna, de minimalistas. Para que não sejamos hipócritas ou alienados, temos que ter a consciência de que viver de forma frugal não tem nada a ver com miséria. Assim como também o minimalismo não é ferramenta de pessoas necessitadas. Com certeza, pessoas em estado de vulnerabilidade não sabem nem o que são estes conceitos. Neste sentido, chamar alguém que busca a frugalidade, seja por uma questão filosófica ou até mesmo como ferramenta de poupança, de miserável é mostrar completa ignorância sobre a realidade de nosso país. Querer não é poder Quando eu busco uma vida mais frugal e min

Porque eu escrevo

Eu precisei me fazer essa pergunta esses últimos tempos. tenho sentido cada vez menos vontade em escrever. Não sei, depois que larguei o emprego e deixei todo aquele estresse para trás, parece que o tesão pela escrita vem diminuindo e por isso precisei me fazer essa pergunta: Por que eu escrevo? Eu nunca me achei bom para escrita, ainda por cima escrevo errado. Muitas vezes me pego com enorme dúvida sobre a correta forma de pontuação e até da gramática. Já até fui corrigido em comentários neste blog por erro de português. A verdade é que nunca liguei para isso, eu sempre priorizei a mensagem, e para ser sincero, não estou nem aí para os caga regra de plantão. Quem acompanha este blog sabe que não vai encontrar textos na perfeita norma culta de português. Na boa, foda-se a norma culta. Quando idealizei o blog, pensei em compartilhar meus pensamentos, erros e acertos na caminhada pela independência financeira. Tudo isso para cumprir com o propósito que defini naquela época. Não me lembro

Ninguém merece patrocinar a própria infelicidade

Essa frase, do título deste post, foi dita pelo professor Clóvis de Barros Filho. É impressionante como algumas pessoas conseguem traduzir em poucas palavras o que levamos, muitas vezes, anos para explicar. Por um período da minha vida eu procurei apenas patrocinar minha infelicidade. Eu sempre gostei de viajar, das minhas férias, de happy hour, mal eu sabia que aquilo tudo não passava de fuga. O fato de ter um trabalho que não gostava, uma vida que estava desalinhada com meus valores pessoais, era infeliz. Uma parte do dinheiro que eu gastava era utilizado como fuga, para fugir da minha insatisfação do dia a dia. É importante também deixar claro que eu sabia que tudo aquilo era temporário, eu criei um plano, tinha prazo para realizar. Na maioria das vezes, as pessoas suportam coisas desagradáveis sem saber se aquilo terá um fim. Quando se planeja viver em desequilíbrio por um período determinado de tempo, tudo fica mais fácil, pois aquilo tem prazo para acabar.  Então esse desalinhame

Boteco FIRE

Eu sempre questionei o Movimento FIRE como um movimento de verdade, como uma comunidade. Há uns dois anos, ou um pouco mais, resolvi conhecer pessoalmente essas figuras mitológicas da blogosfera. Comecei conhecendo a Yuka, do Viversempressa.com , juntos, resolvemos criar um grupo e convidar outros FIREs dispostos a sair do anonimato e colocar a pele em jogo. Hoje somos uns sete participantes e crescendo. Foi nesse grupo que dois caras super comunicativos, Thiago, do Papo TR , antigo Escola Para Investidores, e o Diego, do Aposentecedo.com , resolveram criar o  Boteco FIRE, um podcast, segundo palavras do Thiago, feito nas coxas rsrs. Trata-se de um podcast sem frescura, sem vinhetas, sem edição, sem cortes, um verdadeiro papo de boteco. A ideia dos manos é falar sobre temas relacionados ao Mundo FIRE, Investimentos, filosofia de vida e também coisas aleatórias. Fugindo do tradicional modelo de entrevistas. Como nos botecos todos tem voz, independente de ser convidado ou não. Eu parti

Movimento FIRE não é para você

Eu estava, um dias dessas, conversando por WhatsApp com uma amiga que trabalhava comigo antes de eu largar meu emprego. Como pessoas que não se falam em tempos, a curiosidade normal de saber como está e como tem levado a vida. Quando falei que tinha mudado de cidade e neste mês vai fazer dois anos que sou FIRE, ela soltou a seguinte e popular frase: “Ah se eu tivesse essa possibilidade”! Ah se eu tivesse, ah se eu pudesse, ah se eu não tivesse Quem nunca falou uma dessas frases acima atire a primeira pedra, mas observe que esse tipo de comentário, apesar de não ser por mal, é carregado de vitimismo e além disso, acaba por desmerecer  quem atingiu determinado objetivo. Quem disse que eu podia? Nunca foi sorte, eu também não podia largar o emprego, não nasci em berço de ouro, sou de família humilde, nunca recebi qualquer orientação sobre finanças da minha família. Comecei trabalhar com quatorze anos e estudava a noite, do prezinho ao ensino médio, 100% em escola pública. Só tive a possib

A vida é uma despedida

Uma grande preocupação do mundo FIRE e das pessoas de um modo geral é com o futuro. O que será que vai acontecer com  nossos investimentos? Será que fiz a reserva financeira suficiente para garantir meu sustento e de meus familiares ao longo dos anos? E os investimentos? Será que no futuro o que me dá dinheiro hoje irá continuar se valorizando. Nossa! São muitas preocupações, muitas dúvidas, muitas incertezas. Por tantas questões como estas as pessoas entram em pânico e paralisam. Elas cometem o maior erro de todo candidato a investidor: Não fazer nada Quando a incerteza toma conta da nossa vida ativamos um estado de inércia e paralisia em nossas vidas ao lidar com questões futuras. No entanto, se observar bem, o futuro se faz hoje. São as boas ações tomadas hoje que fazem um futuro promissor, neste sentido o futuro é o próprio presente. O futuro é agora. O futuro é a qualidade do meu presente Existe um mito de que devemos sacrificar o presente para que exista um futuro melhor. A ideia

De volta para o futuro

A trilogia De Volta Para o Futuro foi um grande sucesso nos anos 80. Basicamente um cientista descobriu uma maneira de ir para o futuro e, desta forma, tentar corrigir determinados acontecimentos que impactavam no passado e consequentemente, também no futuro. Todo esse rodeio com o exemplo do filme para falar sobre como estamos, mais uma vez, vendo as intervenções do governo federal interferir diretamente em nossos investimentos e planejamento financeiro. Aqueles que acreditavam que agora a Petrobras e as Elétricas estariam livres de intervenção por parte de um teórico governo liberal, estão assistindo uma volta ao passado, ou seria uma volta ao futuro? Sim, uma volta para o futuro pois tenho certeza que em próximos governos, independente de quais serão, irá ocorrer alguma decisão, que irá prejudicar nossos interesses como investidor e também como cidadãos. E perceba que não estou falando de político A ou B, ideologia ou partido político, eu já deixei de considerar essa classe como sér

O camelo, o leão e a criança

Você já ouviu falar das três fases de espírito que toda pessoa deveria passar segundo Nietzsche? Eu estava lendo o dificílimo livro, Assim Falou Zaratusta e travei nas páginas que ele descreve essas três fases. Já, de antemão peço desculpas à minha possível interpretação errada da obra, mas vou fazer uso de acordo com o que fez e faz sentido para minha vida na minha caminhada FIRE, pois necessariamente passei e estou transitando por essas fases. O Camelo Se observar, o camelo é um animal de grande valia, ele suporta grandes fardos, têm enorme capacidade de resistência e de trabalho. Porém é um animal de subserviência, ele carrega valores que não são seus, não sabe dizer não e por essas características, ele é o escravo perfeito. Mas porque aceitar tal fardo? Porque viver em sentido de valores alheios? Simples, aceitação. O camelo busca aprovação, neste sentido ele anseia pelo peso, por ser liderado, por obedecer e cumprir a missão. Eu Camelo Eu comecei a trabalhar desde meus 14 anos de

Investir virou rotina

Quantas horas do seu dia você pára para investir, para estudar investimentos? A verdade é que eu não paro para fazer nada disso. Deixou de ser algo programado e virou continuo,  eu faço o tempo todo, faz parte da minha vida. E mesmo em momentos de distração, seja em um domingo de churrasco com amigos, eu vejo a carne como Mafrig, a cerveja como Ambev, a energia elétrica como Taesa, a água encanada como Sanepar. O shopping me dá curiosidade de saber a qual fundo pertence. Quando faço compras pela Internet imagino qual galpão logístico o produto está armazenado. Investir e estudar investimentos virou parte tão natural na minha vida que não percebo o que estou fazendo. Como faço gestão ativa, considero como meu trabalho atual, só que virou tão natural que acaba sendo rotina normal. Não importa se é domingo ou uma segunda de madrugada. Qualquer dia, horário e lugar é propício para trabalhar, ou em outras palavras, viver meu dia a dia. Você também já chegou neste momento com seus investimen

Um dos maiores problemas FIRE

Por muitos anos eu lutei para buscar a Independência Financeira com o objetivo de ter a possibilidade de fazer escolhas, de poder viver com liberdade e definir cada minuto da minha vida por meus próprios meios. Por incrível que pareça é exatamente essa realidade que está me trazendo insatisfação. Um dos maiores problemas FIRE O excesso de escolhas é um dos maiores problemas de quem chega a tão esperada independência financeira. Não é de hoje que a psicologia econômica já apontava o excesso de escolhas como algo ruim, tanto para a pessoa responsável pela tomada de decisão como também para quem fornece opções para serem escolhidas. O excesso de opções leva a duas consequências ruins: Paralisação – Ao contrário do que imaginamos, ter muitas possibilidades de algo não é libertador, na verdade ficamos indecisos e isso leva a paralisação. Quando não sabemos o que escolher acabamos por não decidir. Eu estou vivendo isso na pele ao tentar me decidir por onde começar meus voluntáriados no Bras

Nada é fixo nem permanente

Eu posso dizer que sou um FIRE raiz, que vivo 100% dos meus rendimentos. No entanto, essa afirmação, apesar de verdadeira, está errada, porque dentro de uma perspectiva realista nós estamos em constante mudança. Neste caso eu “estou” FIRE, é um estágio da minha vida, por tempo indeterminado, seja por mim ou por outras circunstâncias fora de meu domínio, mas apenas um período. Nada é fixo nem permanente Acho que esse é o grande barato da vida, nada é permanente, estamos em constante mudança e isso é inevitável. Ás vezes essa mudança é interna, silenciosa, ordenada e planejada. Quando podemos fazer dessa forma os impactos são mais fáceis de assimilar, muitas vezes até imperceptíveis. Em outros momentos a mudança vem como um tsunami, um maremoto que arrebenta com tudo que vê pela frente. Neste caso é inevitável resistir, temos que aceitar e deixar ir, um novo ciclo, uma nova perspectiva que se abre em nosso horizonte. A Independência Financeira pode e deve ser cercada de cuidados e margen

O movimento FIRE Liberta

Eu trabalhava com eventos, especificamente com eventos médicos. A quase dois anos atrás eu resolvi largar meu emprego e toda “estabilidade de uma carteira assinada”. Alguns dias atrás uma colega de trabalho me falou que foi demitida e junto com ela outros 27 funcionários. O setor de eventos está parado desde o início da pandemia e provavelmente será um dos últimos a voltar. Neste sentido fico me perguntando como eu estaria se fosse mais um deles, apoiado na teórica estabilidade de emprego, se não tivesse me aventurado nos investimentos e na ideia quase que obsessiva de Independência Financeira. É engraçado que hoje eu sou a pessoa com maior estabilidade que  conheço entre todos os meus ex colegas de trabalho. Eu não tenho salário fixo, não tenho garantias e direitos trabalhistas, mas tenho a possibilidade de gerar minha renda e ser responsável por meus próprios meios. Depender de outras pessoas ou instituições para colocar o pão na boca dos seus filhos é a forma mais instável que exist