A formiga, os três porquinhos e o poupador

Acho que todo mundo conhece as fabulas infantis como a dos Três Porquinhos, a Formiga e a Cigarra, O Coelho e a Tartaruga.

Cada uma delas ao seu modo mostram a importância de possuir visão de longo prazo e ter disciplina para não passar por dificuldades futuras.

Observe que os personagens vitoriosos desses contos não são muito atraentes, ninguém quer ser a formiga trabalhadora incansável ou o porquinho que trabalha duro para fazer a melhor casa.

Da mesma forma o poupador, aquela pessoa que busca economizar e de certo modo, deixa de buscar recompensas imediatas, também é mal visto pelas pessoas.

O poupador é considerado sovina, pão duro, materialista. Para muita gente, trata-se daquela pessoa que dá mais valor ao dinheiro que a vida e aos relacionamentos.

A grande verdade é que a caminhada para a independência financeira, assim como a corrida feita pela tartaruga contra a lebre, não é nada excitante.

A independência financeira não é sexy.

Assim como escrevi no artigo “o pior conselho sobre finanças que já recebi sobre finanças“, a ideia de que vamos morrer e que não se leva dinheiro para o caixão faz com que o argumento de recompensa imediata tenha um forte peso na hora de tomar uma decisão entre fazer o esforço de poupar e investir.

Na outra ponta as relações humanas e a ideia de vida bem sucedida estão cada vez mais maquiadas pela necessidade do consumo. São as redes sociais mostrando amigos e parentes viajando, postando a foto de jantar em restaurantes caros.
Blogueiros mostrando as melhores marcas de roupa e o ultimo lançamento de Smartphone.

São tantas informações reforçando a necessidade consumo que nos levam a pensar que não existe necessidade em economizar. Desta forma e os poupadores, a grosso modo, são mal vistos pela sociedade.

Se não desejamos ter o mesmo fim dos porquinhos desprecavidos, do coelho que ficou pelo caminho e da cigarra sem comida no inverno. A melhor coisa a fazer é começar a enxergar nossa vida como uma fabula infantil, um pouco sem graça, porém de final feliz.

Imagem por Bess Hamiti

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