Você está comendo os filhos de suas economias

No livro O Homem Mais Rico Da Babilônia, Algamish volta após doze meses para informar seu progresso com os ensinamentos para enriquecer e foi questionado:

O que tem feito com o dinheiro extra resultado de seus esforços? – “Dei uma festa com mel, vinho e iguarias. E comprei também uma túnica escarlate. Qualquer dia desses devo comprar um burrico para os meus deslocamentos”.

-“Você está comendo os filhos de suas economias

Este trecho do livro é um exemplo lúdico de como a maioria das pessoas agem e não permitem que os juros compostos possam agir sobre seus investimentos.

Quando era mais novo, pelos meus dezoito e dezenove anos queria porque queria ter um carro. Aquela vontade poder se deslocar, de mostrar que apesar de jovem, já tinha um patrimônio que a maior parte da população mundial nunca terá.

Foi com esse pensamento que por alguns anos joguei no lixo cerca de 30 a 40% de toda a minha renda na época. Demorei para entender que antes de possuir qualquer bem que me tire dinheiro do bolso, precisava primeiro poupar, investir e reinvestir os rendimentos.

Eu percebi que primeiro deveria juntar um exército que ao multiplicar-se, me proporcionaria possuir determinados bens sem me sentir culpado. Foi desta forma que ressignifiquei o conceito de Riqueza como viver o estilo de vida que escolher sustentado apenas por suas reservas passivas.” Ou seja, serão seus investimentos que manterá a forma que escolheu levar a vida.

Rico é aquele que não precisa trocar o seu bem mais precioso… o TEMPO por dinheiro.

Por isso determinei a regra número um para meus recursos financeiros:

Qualquer coisa que comprar que possa lhe tirar liberdade deve ser evitada, ou melhor, deve ser eliminada e qualquer dinheiro gasto que não te faça feliz é desperdício.”

Muita gente faz confusão com este conceito principalmente por não entender o poder juros compostos e não ter nem ideia do que se trata renda passiva. Infelizmente me entristece que pessoas talentosas e inteligentes se valham apenas de seu trabalho, de seu esforço diário e negligenciam conceitos tão simples e de poder transformador.

Acho que tem alguma coisas em nossas mentes que faz pessoas inteligentes se sentirem ofendidas e com enorme dificuldade de lidar com coisas simples que funcionam sem mistério. É por isso que testemunhamos o João da padaria rico, apesar de simples, e o engenheiro de software, com carro importado e apto em bairro nobre, mas entre um contracheque da falência.

Aquele que se prende a sua vaidade nunca será livre, mesmo sendo muito rico. Não são os seus recursos e sim as suas crenças o maior fator de riqueza e liberdade. Enquanto estiver comendo os frutos de suas economias será sempre pobre, mesmo com alta renda.

Imagem por Ирина Бентяева – Pixabay


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